quinta-feira, 17 de março de 2011

Não há futuros vagos.


Alguém escreveu numa parede de Lisboa a seguinte frase: Não há futuros vagos. É interessante abster-nos por momentos de considerações cívicas e pensar na profundidade desta breve mensagem. Para a minha geração o Futuro estava em todo o lado, desenhos animados com robots e naves espaciais, filmes, canções e objectos de uso diverso. Sim, nos anos 80 o Futuro não só estava disponível como era nosso, agora além de estar ocupado não é de ningúem... No entanto e permitam-me o devaneio psicótico, para aqueles que ainda não sabem sou meio marado da cabeça, se não há futuros vagos é porque alguém os está a ocupar certo? Peço então a quem estiver a ocupar abusivamente os futuros públicos que não sejam mete-nojo e saibam partilhar. No passado fim de semana os precarios sairam à rua dando provas de democraticidade, valor cívico e manifestaram-se pacificamente reinvendicando o direito a ter um futuro, sendo portanto um tema actual e de interesse saber quem é que afinal está a ocupar os futuros existentes, quem constroi futuros e quem é que está disponível para eventuais permutas, trespasse ou venda de futuros, um nicho de mercado ainda por explorar e que com certeza teria muita saída para evitar que mensagens como esta apareçam nas paredes de Portugal.

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