quarta-feira, 21 de março de 2012

Por favor não morras de mím!

Por favor não morras de mím, pede Xavier a Claúdia no romance de Manuel Alegre A Terceira Rosa. De todas as formas que há de morrer a mais dolorosa será certamente a de morrer de amor. Embora esta ideia possa parecer poética ou mesmo fantasiosa é de facto verdade que se pode morrer de alguém quando permitimos que esse alguém se torne todo o nosso ser e a nossa razão de existir anulando-nos perante esse alguém. Dois dos arquétipos identificados por C.G. Jung são a anima e o animus, a energia femenina do homem e a energia masculina na mulher respectivamente. Essa energia encontra-se dentro de cada um e é ela que cria imagens oníricas da mulher ou homem ideal, é igualmente esta energia que nos faz buscar aquilo que se chama em linguagem coloquial a outra metade. Quando esta energia é utilizada de forma correcta e saudável acontecem as experiências mais maravilhosas que o ser humano pode experienciar durante a sua travessia carnal, se for mal dirigida esta energia enferma dando azo a diversas neuroses que poderiamos dizer o animus controla todo o ser de uma dada mulher ou o anima o de um certo homem controlando-o e tornando-o dependente de elementos que lhe são externos e que de veras o fazem morrer de alguém.

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